Foto: Polícia Civil (Divulgação)
O homem mais procurado do Rio Grande do Sul foi capturado na manhã desta quinta-feira (10) pela Polícia Civil gaúcha durante a Operação Bis In Idem, deflagrada no interior de São Paulo. O foragido, que tem 40 anos e não teve o nome divulgado, estava escondido em um sítio em São Lourenço da Serra, onde se passava por fazendeiro. Ele não resistiu à prisão.
+ Receba as principais notícias de Santa Maria e região no seu WhatsApp
A operação foi resultado de seis meses de investigações da Delegacia de Polícia de Capturas do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Decap/Deic), que descobriu que o suspeito usava nome falso e vivia discretamente na propriedade, equipada com piscina, lago e criação de animais. Com uma extensa ficha criminal, ele é apontado como líder de uma facção criminosa de Porto Alegre e acumula cerca de 12 indiciamentos por homicídio. Entre eles, o assassinato de duas pessoas em um bar na Vila Maria da Conceição, na capital gaúcha, e uma execução dentro de uma delegacia. A polícia não divulgou o nome do apenado.
O bandido tem histórico de entra e sai da cadeia. Em 2012, foi preso em um sítio no interior de Taquara, com armas e munições. Em 2021, foi beneficiado com o uso de tornozeleira eletrônica. Porém, em 2022, rompeu a tornozeleira e passou à condição de foragido.
Em junho de 2024, foi preso novamente em Goiás. Contudo, foi solto pela Justiça em outubro.
O delegado Gabriel Casanova, titular da Decap/Deic, ressalta o trabalho da Polícia Civil que, em pouco mais de um ano, conseguiu localizar e capturar o suspeito em Estados distintos.
– Ele já se passou por empresário e fazendeiro, o que demonstra o poder econômico do foragido, bem como o comprometimento e profissionalismo dos policiais civis no cumprimento do dever – afirma Casanova.
O diretor do Deic, delegado João Paulo de Abreu, destacou que o preso também é investigado por tráfico de drogas, comércio de armas e lavagem de dinheiro. As apurações sobre a atuação da organização criminosa continuam.
– As investigações prosseguem, sobretudo, pela existência de indícios, de que o preso lidera e constitui organização criminosa, quer relacionada aos citados homicídios, mas também ao tráfico de drogas, ao comércio de armas de fogo e a outros delitos, gerando lucro de grande monta e de origem criminosa. Portanto, há também indícios de lavagem de capitais, delito que não deixará de ser devidamente apurado – concluiu o diretor do Deic.